Monday, December 03, 2007

Ressaca Pós-rebaixamento


É...não teve jeito mesmo...

Depois de torcer muito, de horas de sofrimento, de tensão e decepções vemos o clube mais importante do Brasil cair para a segundo divisão do Campeonato Brasileiro. Durante o campeonato isso parecia que era apenas um pesadelo, mas se o era tornou-se realidade. O dia de ontem foi duro, mas não sofri tanto ontem como sofri em outros jogos. Talvez eu já tivesse um tanto amortecido, até conformado. Afinal, todos os corinthianos acompanharam os jogos desse ano a conhecíamos o time.

Claro, esperança temos que ter, mas para um time que perdeu para Sport, Náutico e não conseguiu ganhar nenhum jogo nas cinco última rodadas, mesmo precisando desesperadamente de vitórias, poucas esperanças restavam. Outra estatística estava contra, nos quatorze últimos jogos só conseguimos ganhar três, um do rebaixado América (que participou do campeonato como café-com-leite), do Fiqueirense que também não conta muito e do São Paulo. Nesse último jogo a velha máxima do futebol em que em clássico não há favorito valeu. É claro que ganhar dos rivais sempre é bom, mas trocaria as duas vitória contra São Paulo e Santos por vitórias contra Goiás e Paraná. Essa vitórias serviram para mascarar muitos problemas, mesmo a torcida deixou de cobrar o necessário depois de vencer esses jogos. Achamos que depois de ganhar do líder e do vice-lider poderíamos ganhar de todos e não foi assim.

Hoje, dia de ressaca de rebaixamento, não estou tão triste quanto estava ontem. Pelo contrário, agora recomeça meu amor pelo CORINTHIANS e tenho certeza que muitos me acompanham nesse sentimento. Isso pode ser visto com medo pelos adversários, afinal todos sabem que o CORINTHIANS hoje tem a maior torcida no Brasil quando se leva em consideração somente aqueles que realmente gostam de futebol (os flamenguistas tem mais torcida no geral, mas muitos deles ainda acham que o Zico é titular do time). E essa condição de maior torcida nasceu nos idos das décadas de 50, 60 e 70, em que o CORINTHIANS ficou anos sem ganhar título. Tenho certeza que o rebaixamento vai ser como os longos anos de jejum, ou seja a torcida vai só aumentar, tanto em número como em amor pelo time.

O CORINTHIANS é o único time do Brasil que tem torcida contra, os chamados anti-corinthianos. E é assim porque todos sabem que é o time que mais incomoda. Portanto, aos rivais digo que vocês só têm o que lamentar essa torcida contra que fizeram o ano todo. Afinal o CORINTHIANS vai voltar ao lugar que nunca deveria ter saído e com certeza vai fazer todos se lamentarem pelo time ter essa chance se crescer ainda mais

CORINTHIANS acima de tudo!!!

Monday, October 22, 2007

A pior rodada da história

Em todos os campeonatos que acompanho a cada rodada dou uma olhada no jogos que serão disputados para ver para qual time vou torcer sempre pensando no melhor para o Corinthians e, claro, no pior para os rivais. Isso é algo que muita gente faz. É evidente que nunca acontece uma rodada perfeita, aquela que todos resultados sejam bons ou sejam parecidos com os que eu torço, mas na média pelo menos a metade acontece. Nessa última rodada aconteceu o que eu acho que seja a pior rodada do campeonato para o Corinthians.

Todos os resultados que estava torcendo deram errado. Por exemplo: torci para o Sport contra o Botafogo acreditando que o Botafogo teria menos força de reação depois de uma derrota; também torci para o Fluminense por jogar com nosso adversário direto que é o Goiás; torci para o Vasco, deu Atlético/MG; torci para o Cruzeiro, mas a fase ruim cruzmaltina não acabou e pior, entregou o título para o São Paulo; o América/RN poderia ter ganho do Atlético/PR, mas isso era o que eu queria, o time deles já está rebaixado e sem vontade nenhum a de jogar o resto do campeonato; torci para o Santos uma das únicas vezes que isso aconteceu em toda minha vida, e não é que uma puta zebra aconteceu! deu Figueirense; o Juventude sempre foi o enrosco do Internacional, gostaria que a sina continuasse, mas dessa vez não aconteceu; para o Grêmio torci em dobro, por jogar contra o Flamengo que estava a poucos pontos na frente dos concorrentes e também para o Grêmio passar o Palmeiras, como o resultado foi o contrário me dei mal novamente; o jogo entre Paraná e Palmeiras talvez tenha tido o único jogo favorável ao Corinthians, mas torci contra o Palmeiras pelo simples motivo que todo corintiano tem que torcer contra o Palmeiras e porque na minha opinião o Paraná já era, o que aconteceu? um ponto a menos para mim de novo.

E, finalmente, torci para que o Finazzi fizesse um gol, para o Gustavo Nery mostrasse raça, para que Lulinha e Dentinho deixassem de ser uma eterna promessa, para que o Terrão tivesse ensinado mais do que amor à camisa para Betão, Fábio Ferreira e Carlão, para que Zelão e Moradei desse uma resposta para aqueles que têm certeza que dos cinco do Bragantino o único que presta é o Filipe; para que a diretoria tivesse acertado pelo menos no Iran; para que tivesse um motivo forte para justificar a tramóia que fizeram com os documentos do Carlos Alberto; e também para que o Filipe não precisasse fazer nenhum milagre...até isso deu errado!!! Resumindo, tudo que torci deu errado!!!

Ou seja, quer mais motivo para a desconfiança, para o desânimo, para a tristeza e para mostrar que todos os sinais dados dizendo que nesse ano não terá escapatória para um time em que a incompetência (e porque não, a roubalheira) dos dirigente beira os limites do imaginável.É...a situação está preta...e branca!!!

Friday, September 28, 2007

Perplexidade!!!

Vi essa notícia hoje no site Whiplash.net (link ao lado e barra de notícias abaixo):

"Foi divulgado hoje na imprensa mundial que o guitarrista/vocalista David Gilmour teria rejeitado mais uma proposta milionária para remontar o PINK FLOYD com a formação clássica - David Gilmour, Roger Waters, Richard Wright e Nick Mason.
Apesar de não ter sido confirmado oficialmente o valor da tal proposta, comenta-se que ela teria sido algo na casa dos 125 milhões de libras esterlinas (aproximadamente 500 milhões de reais!)
"Pode parecer um absurdo eu rejeitar determinadas ofertas que quando pobre não teria rejeitado assim tão facilmente", explicou Gilmour. "Mas a vida me tratou muito bem. Dizem que todos têm seu preço, talvez isto seja verdade, mas nenhuma quantia que me foi ofertada é o meu preço", finalizou."


Rapaz...fico imaginando quanto ele gostaria de receber então...
Isso pode provar muitas coisas dentre elas as seguintes: o Gilmour é realmente não-materialista e/ou ele não suporta MESMO o Roger Waters.

Monday, September 24, 2007

Pink Floyd - (1975) Wish You Were Here

Quando fiz a resenha do disco Thick As A Brick disse que falaria sobre os cinco primeiros álbuns da preferência dos fãs de progressivo que escrevem para o site Progarchives. Disse também que essa lista mudava sempre e na ocasião o disco do Jethro Tull estava na primeira posição. Hoje resolvi postar novamente falando de um disco e verifiquei a lista novamente e ela não mudou de novo!!! E qual o disco que está em primeiro hoje? Wish You Were Here

Deve ser dificílimo para uma banda fazer um sucessor de um álbum mega bem sucedido. Muitas bandas se perdem ao tentar fazê-lo e geralmente lançam disco muito fracos. Para citar apenas um exemplo temos o Metallica que após o lançamento, em 1991, do álbum auto-intitulado Metallica (o famoso “Disco Preto”) demorou anos para lançar outro e para tristeza dos fãs tivemos o Load, disco fraquíssimo que ajudou a fazer o Metallica se desestruturar lançando em seguida um álbum de sobras do Load, o Reload. O resto todo mundo já sabe...

Mas o que fazer? Repetir a fórmula do disco anterior? Mudar radicalmente? A resposta do Pink Floyd para a pergunta foi Wish You Were Here. Suceder um álbum, Dark Side of the Moon, que os próprios integrantes consideraram o ápice da carreira da banda foi um desafio. Tem uma declaração do Roger Waters que ele diz que conversou com o David Gilmour sobre ter feito um disco perfeito e que ele não sabia o que fazer em seguida.

O disco é considerado por alguns até melhor que o Dark Side of The Moon, mas tenho certeza que os que pensam assim têm essa opinião por causa da faixa título. Aliás as outras músicas do disco são praticamente esquecidas por muito fã da banda por causa da faixa título. Lembro-me muito bem que no show do Roger Waters em março deste ano fiquei irritado com algumas pessoas que fizeram um escândalo durante essa música. Fiquei imaginando que essas pessoas não devem conhecer mais do que quatro outras músicas do Pink Floyd, incluindas nessa lista Confortably Numb e a música do helicóptero. Mas não sou daqueles que deixam de gostar de uma música quando esse fenômeno acontece. A culpa não é da música e sim dos “fãs”.

O disco em si é bem mais simples que o Dark Side of The Moon. É praticamente só bateria, baixo, teclado e guitarras. Eles não usaram quase nada de programação e sequenciadores que foram usados no disco anterior. As guitarras aparecem mais, os solos são mais inspirados e até a voz do David Gilmour está melhor. Faço todos esses elogios ao álbum para que vocês imaginem o quanto gosto do Dark Side of the Moon. Afinal mesmo com todas essas qualidades acho o disco do prisma melhor que o Wish You Were Here.

Na humilde opinião deste que vos escreve a música mais fraca do disco é Welcome to the Machine que é mesmo assim agradável. Shine On You Crazy Diamond, as duas, são perfeitas com seus longos solos de guitarras, a faixa título é muito bonita, apesar da ressalva que fiz anteriormente, e Have a Cygar conquistou-me depois de alguma luta. Certa vez fui a um show de um Pink Floyd Cover no CAASO (Centro Acadêmico da USP/São Carlos) e a banda tocou essa música. Até então não gostava dela, dificilmente escutava e sempre pulava a faixa do CD. E não é que a partir desse dia que ouvi ao vivo essa música eu comecei a gostar. A melodia do começo dela é muito legal o modo de como ela é cantada agora me agrada muito.

Para encerrar gostaria de comentar sobre mais uma das particularidades (lendas?) que sempre acompanham a carreira do Pink Floyd. O disco em questão foi inspirado e também um certo tipo de homenagem ao já falecido fundador da banda, o gênio Syd Barret. Depois que ele saiu da banda nunca mais tinha se encontrado com ninguém da banda até que um dia ele foi à gravação do disco que estava sendo gravado em homenagem à ele. Ele poderia ter aparecido nas gravações de qualquer disco, mas foi justamente nas desse. Isso é incrível, parece coisa de filme. Para registrar quase ninguém o reconheceu, pois ele estava careca e bem mais gordo. Imagino o quanto Roger Waters, Nick Mason, Rochard Wright e David Gilmour ficaram emocionados quando o reconheceram.

Lista de Faixas
1. Shine on you crazy diamond Part one (13:40)
2. Welcome to the machine (7:31)
3. Have a cigar (5:08)
4. Wish you were here (5:34)
5. Shine on you crazy diamond Part two (12:31)

Músicos
David Gilmour - guitarras e vocals
Nick Mason - bateria e percussão
Roger Waters - baixo e vocals
Richard Wright - teclados

Tuesday, September 11, 2007

Preguiça Mental


Será que existe esse tipo de preguiça? A Mental? Se não existe acho que acabei de criar, afinal estou precisando de novos posts e não estou com vontade de pensar um texto. Quando quero colocar algum novo texto no blog tenho praticamente tudo na cabeça, quando sento dificilmente demoro para fazê-lo. Mas nesses últimos dias não estou conseguindo fazer isso.

Sei que prometi resenhas de alguns discos clássico de progressivo, mas para fazer isso tenho que dar uma "ouvidinha" neles para ter inspiração e nem isso estou fazendo. Poderia falar sobre o CORINTHIANS, afinal desde a vitória sobre o Santos não postei nada. Porém ainda estou em protesto contra o CORINTHIANS, principalmente com Marinho, Bruno Octávio, Ricardinho, Carlos Alberto, Gustavo Nery, Edson, Everton Santos, Clodoaldo....Chega!!! Não vou falar do CORINTHIANS.

Poderia fazer um comentário sobre a entrevista do Luxemburgo em que ele fala que o time do São Paulo é a cara do Richarlyson (HAHAHAHAHA), mas não vou fazê-lo. Bater na mesma tecla nem sempre é legal.

E da seleção? É sempre um bom assunto, mas enquanto tivermos Afonso no ataque até desanima.

Vou ver se curo essa preguiça e volto a colocar novos posts, até lá, para aqueles que não leram, tentem textos antigos como esses:

Tommy - The Who

Ecletismo - falta de identidade musical

Abraços

Friday, August 31, 2007

Jethro Tull - (1972) Thick As A Brick

Aqueles que acompanham meu blog devem estar achando estranho não ter nenhum post sobre futebol, principalemente sobre o CORINTHIANS. Como todos sabem o Todo Poderoso não está tão poderoso assim, muito pelo contrário. Então em protesto não vou falar sobre o CORINTHIANS e sim sobre música que é o outro tema do blog. Vou fazer uma resenha dos cinco discos que estão nos cinco primeiros lugares no ranking de preferência dos fãs que escrevem para o site Progarquives.com (link ao lado). Esse ranking muda sempre, apesar de os discos que estão nas primeiras posições apenas trocarem de lugares. Vou começar pelo que está hoje na primeira colocação: Thick As a Brick (1972) do Jethro Tull.

Esse é o primeiro disco em que o Jethro Tull entrou de cabeça na veia do progressivo. É o primeiro e o melhor dessa ótima série de oito disco que foram lançados entre 1972 até 1979. Na verdade é o melhor da banda, apesar de muita gente achar que o Aqualung é melhor. Acho ambos excepcionais.

O Jethro Tull era uma das poucas bandas que misturavam o progressivo com folk. Outra que fazia isso que me vem a cabeça agora era o Renaissance, com ex-integrantes do Yarbirds (para quem nunca ouviu falar a primeira banda de Jimmy Page, e esse acho eu todos sabem quem é) e a vocalista Annie Haslam. Caso alguém tenha interesse nessa banda indico o álbum Turn of the Cards.

Primeiramente temos que comentar sua capa que parece um jornal (Será que o Guns and Roses copiou a idéia no seu álbum GNR Lies?). Nesse jornal está “noticiado” alguns acontecimentos sobre um concurso literário de uma Igreja Batista. Inclusive a história do ganhador de apenas 8 anos de idade (Little Milton), autor de um longo e sombrio poema, que após ter recebido o prêmio foi desclassificado depois de descobrirem seu romance com uma garota de 17 anos que supostamente tinha contribuido ou quem sabe escrito todo o poema. O poema escrito pelo garoto, adivinhem, é a letra da música. Falo da música já que, para quem não sabe, o disco é composto de apenas uma música de 43 minutos dividida em duas partes – o disco foi lançado no começo da década de 70 e nessa época não existia o CD, por isso a música tem duas partes – lado A e lado B, saca!!!

A música abre com Ian Anderson cantando e tocando flauta acompanhado por apenas um violão com a melodia que acompanhará toda a música, até serem introduzidos todos os outros instrumentos. Boas partes vocais, instrumentos tocados por quem entende do assunto e muita criatividade e talento.

Extremamente recomendado.

- Lista de Faixas
1. Thick As A Brick - Part 1 (22:39)
2. Thick As A Brick - Part 2 (21:05)

- Músicos
Ian Anderson - flauta, violão, violino, saxofone, trompete e vocal
Martin Barre - guitarra
Barriemore Barlow - bateria e percussão
Jeffrey Hammond-Hammond - baixo e narração
John Evans - teclado, piano e harpa

Monday, August 20, 2007

Até nisso os caras são foda !!!

O conteúdo desse post foi descaradamente chupado de uma matéria do Whiplash (link do site ao lado) e escrito pelo editor do Poeira Zine, o jornalista Bento Araujo. É uma matéria relativamente velha, já tinha lido ela a muito tempo, mas tive vontade de colocá-la aqui no blog depois de ouvir alguns covers que o Iron Maiden gravou nos lados B de seus singles. O que ela diz em relação à se interessar por material de outras bandas escutando Iron Maiden é totalmente verdade. Até nisso essa banda é muito foda!!!


Vamos lá:

"Se trata mais do que uma simples questão de mérito. Que dentro do Heavy Metal o Iron Maiden é uma unânimidade mundial como o maior representante do estilo, disso ninguém duvida. Aproveitando essa recente passagem da banda pelo país, resolvi exaltar exatamente um de seus maiores feitos - fazer a molecada conhecer muitas bandas maravilhosas dos anos 70."

"Desde que começaram a gravar, em 1980, o grupo tem como tradição lançar singles para as "faixas de trabalho" dos seus álbuns. O mais bacana nisso tudo é que o Iron sempre reservou no Lado B de tais singles um espaço para regravações de alguns temas das clássicas bandas do Hard Rock e do Rock Progressivo dos anos 70."

"O que a garotada começou a fazer? Começou a querer descobrir de quem eram aquelas músicas; como eram as versões originais. Outros pensavam; "Se o Steve Harris e o Bruce Dickinson gostam, eu também tenho que gostar!""

"Aguçando um pouco mais os sentidos da garotada, os integrantes apareciam sempre nos bastidores e entrevistas com camisetas de grupos como o Jethro Tull, Led Zeppelin, Free e outros. Basta olhar para o Bruce Dickinson no palco, e perceber que muito da sua presença cênica sofre influência direta de caras como Ian Gillan e Ian Anderson. Bruce chegou a declarar certa vez que era um verdadeiro fã de bandas como o Nektar, Van Der Graaf Generator, Thin Lizzy e Golden Earring. Não é também por acaso que no seu disco "Chemical Wedding" de 1998, aparece como convidado o lendário Arthur Brown - aquele que no final dos anos 60 formou a banda Crazy World e "acertou" as paradas com o hit "Fire"."

"Em sua carreira solo, Bruce Dickinson chegou a gravar em alguns lados B, ou mesmo em shows ao vivo, coisas como: "Wishing Well" do Free, "Fog on the Tyne" do Lindisfarne, "Black Night" do Deep Purple e "Sin City" do AC/DC. Já o "manda chuva" Steve Harris, confessou que até hoje perde o sono com os discos antigos do Wishbone Ash - uma de suas maiores influências, junto do Thin Lizzy, do Free e do UFO. Aliás alguém já percebeu a semelhança entre o próprio Steve e Pete Way, o baixista original do UFO. Nos primeiros anos do Maiden a diferença chega a ser gritante: o jeito de empunhar o contra-baixo, cantar as músicas em off, e até aquelas roupas listadas. Num vídeo do UFO chamado "Too Hot To Handle - The Story of UFO", o próprio Harris aparece dando uma declaração onde assume que plagiava na cara dura seu ídolo! É público também, que Dave Murray simplesmente "ama" Paul Kossoff - o genial guitarrista do Free, falecido em 1976."

"Com toda essa gama de influências, podemos chegar a conclusão de que se não fossem mais precisamente 3 bandas o Iron Maiden provavelmente não soaria do jeito que a gente tanto gosta. As 3 bandas são o Wishbone Ash, o UFO e o Thin Lizzy. O baixo marcante - parecendo uma "cavalaria armada", as construções melódicas, os temas e letras com base na idade média e antiga, e principalmente os incansáveis duelos de guitarra, são total influência desses grupos.
Principalmente aqui no Brasil - onde o Iron tem a mais fiel legião de fãs e seguidores do mundo - esses singles eram, e acho que ainda são, disputados à tapa pelos fãs. Fora o material inédito contido nas bolachas, a capa também chamava muito a atenção, pois traziam sempre a mascote endiabrada do conjunto - Eddie. O que também é um fato curioso, é que nos anos 80, esses singles foram lançados na Argentina, todos com os nomes "traduzidos" como "Anõs Desperdiciados", "Corriendo Libre", "Puedo Brincar com na Locura?" etc. E na época quem conseguia arrumar algum desses, poderia se considerar um felizardo."

"Para esclarecer definitivamente o assunto, fiz um levantamento sobre todos esses singles lançados, e sobre essas cover's que o Maiden fez de tais bandas. Onde podem ser encontradas, quais os autores etc. "

"Se você está começando em Iron Maiden agora, vale a pena vasculhar e ir atrás das versões originais. Te garanto que você só irá ganhar com a pesquisa e conhecerá um mundo completamente novo e excitante. Para quem já é macaco velho, garanto que uma re-ouvida nessas versões, também será prazerosa. E vamos nessa...

Música: "I've Got The Fire" (live)
De quem é: Montrose
Que disco está: "Paper Money" - 1974
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Sanctuary" (1980)
Grandes fãs do Montrose, o Iron chegou a gravar 3 versões para músicas do grupo. Essa versão é ao vivo, e conta com os vocais de Paul Di'Anno. O Montrose era liderado pelo exímio guitarrista Ronnie Montrose, que já havia gravado com Edgard Winter. A banda Montrose revelou ao mundo o jovem Sammy Hagar, que depois viria a fazer fama como artista solo na América - e mais fama ainda a nível mundial - com sua entrada para o Van Halen em 1985.

Música: "I've Got the Fire" (estúdio)
De quem é: Montrose
Que disco está: "Paper Money" - 1974
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Flight of Icarus" (1983)
Já contando com os vocais de Bruce Dickinson, essa versão agora gravada em estúdio mostra ainda mais força e vigor do que a anterior.

Música: "Cross Eyed Mary"
De quem é: Jethro Tull
Que disco está: "Aqualung" - 1971
Single do Iron Maiden que contém a versão: "The Trooper" (1983)
Muito bacana e pesada ficou esssa versão. Aqui no Brasil ela saiu também num "Maxi-Single" chamado "Aces High" em 1985. As flautas de Ian Anderson foram aqui substituídas pelas guitarras afiadíssimas de Dave Murray e Adrian Smith. Teve muito headbanger na época que tomou conhecimento do Jethro Tull através dessa versão...

Música: "Rainbow's Gold"
De quem é: Beckett
Que disco está: "1974"
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Two Minutes to Midnight" (1984)
Essa é a mais obscura banda que o Iron escolheu para "coverizar". Muito pouco se sabe sobre o Beckett. Apenas que eram ingleses e alguns dos seus integrantes viriam a integrar posteriormente a Back Street Crawler - grupo de apoio do guitarrista Paul Kossoff. A versão original data de 1974.

Música: "King of the Twilight"
De quem é: Nektar
Que disco está: "A Tab in the Ocean" - 1972
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Aces High" (1984)
O Nektar se caracterizava por fazer um rock Progressivo pesado e ao mesmo tempo melódico. Muitos pensavam que se tratava de mais uma banda Prog alemã, mas na verdade eram todos músicos ingleses, que se mudaram para aquele país e resolveram formar uma banda. O disco "A Tab in the Ocean" é um verdadeiro clássico do estilo - obrigatório para quem quiser entender um pouco do que foi o movimento Progressivo do início dos anos 70.

Música: "Reach Out"
De quem é: Dave Cowell
Que disco está: Nenhum
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Wasted Years" (1986)
Reach Out é de autoria de Dave Cowell, que além de tocar no A.S.S.P. com Adrian Smith, também cuida das 6 cordas no Bad Company. Dave nunca chegou a gravar a música. Por outro lado, o Iron a gravou com muita propriedade - se dando até o luxo de deixar os vocais a cargo de Adrian Smith.

Música: "That Girl"
De quem é: FM
Que disco está: "Indiscreet" - 1986
Single doIron Maiden que contém a versão: "Stranger in a Strange Land" (1986)
O embrião do FM era o grupo Wild Life, que foi formado pelo baterista Pete Jupp, que chegou até a tocar no Samson (mas não na mesma época em que Bruce Dickinson era vocalista). O Wildlife lançou dois discos e no segundo (Wildlife - 1983) contou com a participação de Simon Kirke (Free e Bad Company). A produção ficou a cargo de outro ex integrante do Bad Company - Mick Ralphs. Infelizmente o grupo não ia bem das pernas e Jupp resolve mudar o nome da banda para FM. Em 1986 lançam sua estréia e o Iron, para dar uma força aos rapazes, também gravaram quase que simultaneamente a faixa "That Girl", de autoria do próprio Jupp por sinal.

Música: "Massacre"
De quem é: Thin Lizzy
Que disco está: "Johnny the Fox" (1976)/ "Live and Dangerous" (1978)
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Can I Play With Madness" (1988)
Assumindo de vez uma de suas maiores influências, o Maiden mandou ver numa versão mais rápida e agressiva do que a original. A banda com certeza deve ter se inspirado mais na versão ao vivo do Lizzy, registrada no magnânimo disco "Live And Dangerous", pois ela aparece com mais energia e vigor do que a versão de estúdio. São as duas guitarras duelando incansavelmente durante toda a canção; bem do jeito que os fãs do Maiden adoram.

Música: "All In Your Mind"
De quem é: Stray
Que disco está: "Stray" de 1970
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Holy Smoke" (1990)
Esse foi o maior hit da banda Stray, que chacoalhou a Inglaterra nos anos 70. Puro Hardão setentista da melhor qualidade. No mais, a escolha de coverizar "All In Your Mind", tinha tudo a ver com a sonoridade do Maiden da época. O disco "No Prayer For the Dying" propunha uma volta às raízes, em rumo do som básico e cru de antigamente. E "All In Your Mind" se encaixava perfeitamente nessa proposta da banda.

Música: "Kill Me Ce Soir"
De quem é: Golden Earring
Que disco está: "Switch", de 1975
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Holy Smoke"
Ao lado do Focus e do Shocking Blue - o Golden Earring - é o que a Holanda tem de melhor em se tratando de Rock. Na estrada desde 1964, eles continuam na ativa até os dias de hoje, completando 38 anos de carreira. "Kill Me Ce Soir" tinha um clima bem diferente, carregada de teclados e efeitos - uma surpresa para os fãs mais radicais do Maiden. A escolha foi no entanto muito bem recebida pelos seguidores da banda, pois eles mostraram personalidade ao executar um tema mais complexo e menos famoso do que o único hit da banda holandesa - "Radar Love", de 1973.

Música: "I'm a Mover"
De quem é: Free
Que disco está: "Tons of Sobs", de 1968
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Bring Your Daughter To the Slaughter" (1991)
Tava na cara que um dia eles iriam fazer uma do Free né! Depois de entrevistas e mais entrevistas sempre citando o grupo inglês como influência, já estava mais do que na hora, dos ídolos serem homenageados. E a escolha foi certeira. "I'm A Mover" tem aquele andamento irresistível, com o baixo pulsante e sinuoso - terreno perfeito para o mestre Steve Harris deitar e rolar como já é de costume.

Música: "Comunication Breakdown"
De quem é: Led Zeppelin
Que disco está: "Led Zeppelin I", de 1969
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Bring Your Daughter To the Slaughter" (1991)
Uma verdadeira "porrada na orelha" essa versão do Maiden. A original do Led, já transpira energia pelos poros, com seus vocais e solo de guitarra urgente. Com o Iron não ficou muito diferente, com a banda quebrando tudo no estúdio, mostrando mais uma vez, que os garotos estavam sedentos por um Rock mais básico e energético.

Música: "Space Station No 5"
De quem é: Montrose
Que disco está: Montrose de 1973
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Be Quick Or Be Dead" (1992)
Mais uma do Montrose (a terceira) no repertório de covers da Donzela. Pegada bem energética, e vocais divertidos de Bruce Dickinson - que parece "zoar" com a voz de Sammy Hagar na parte mais lenta da música. O solo também é de arrepiar, e o final é caótico.

Música: "Roll Over Vic Vella (Roll Over Beethoven)"
De quem é: Chuck Berry
Que disco está: "The Great Twenty Eight"
Single do Iron Maiden que contém a versão: "From Here To Eternity" (1992)
Uma adaptação do Maiden em cima do clássico tema de Chuck Berry. Em vez de Beethoven, eles resolveram tirar um sarro de Vic Vella - uma espécie de braço direito do Steve Harris. Vic era quem cuidava da casa, dos filhos e dos carros de Steve.

Música: "I Can't See My Feelings"
De quem é: Budgie
Que disco está: "Bandolier", de 1975
Single do Iron Maiden que contém a versão: "From Here To Eternity"
O Budgie é um poderoso power trio do País de Gales, que está em atividade até hoje. O Metallica costumava gravar alguns de seus clássicos ("Breadfan" e "Crash Course In Brain Surgery"). O Maiden optou por fazer "I Can't See My Feelings", talvez pela sua levada de baixo mais funkeada e dançante.

Música: "My Generation"
De quem é: The Who
Que disco está: "Who Sings My Generation", de 1965
Single do Iron Maiden que contém a versão: "Lord Of The Flies" (1996)
Clássico absoluto do Rock - a versão original tinha um genial solo de baixo do mestre John Entwistle. Talvez essa tenha sido a principal razão para Harris (ops) o Maiden ter escolhido a canção. Nem o "mala sem alça" Blaze Bailey consegue estragar a versão.

Música: "Doctor Doctor"
De quem é: UFO
Que disco está: "Phenomenom" (1974)/"Strangers In The Night" (1979)
Single doIron Maiden que contém a versão: "Lord Of The Flies" (1996)
Outra de uma banda que inspirou muito a Donzela de Ferro. Aquele baixo "cavalgante" da versão original se tornou uma das mais marcantes características do estilo de Pete Way - baixista original do UFO. Não por mera coincidência, Steve Harris adotou a mesma característica e a aplicou em várias linhas de baixo de suas grandes composições com o Maiden.

De todas essas músicas tenho um carinho especial com duas: That Girl, que é a que mais gosto, tem o Adrian Smith cantando, e muito bem diga-se de passagem, as guitarras estão com um efeito muito legal e tem o Bruce Dickinson fazendo backing vocal (que moral para o Adrian); a outra é sem dúvida Croos Eyed Mary que considero minha porta de entrada para o Rock Progressivo, meu estilo predileto hoje, maior mesmo que o heavy metal que é o meu estilo de origem. Tendo o interesse em escutar Jethro Tull por causa desse cover é que tive interesse em ouvir (realmente) Pink Floyd, depois escutei Marillion e aí um dia pensei comigo mesmo: "acho que já estou preparado para escutar Yes e Emerson, Lake and Palmer"...
Daí já era....

Friday, August 10, 2007

Vergonha e seus motivos

Porque é vergonhoso perder para o Vasco:

1) Por que o presidente do Vasco é o Eurico Miranda;
2) Por que o técnico é o Celso Roth;
3) Porque o Corinthians não perdia para o Vasco a seis anos;
4) Porque não fazer nenhum gol no Silvio Luis é brincadeira;
5) Porque o Lateral esquerdo que deu baile no Edson e no Eduardo Ratinho é reserva do Rubens Júnior;
6) Porque o melhor atacante do Vasco é o Leandro Amaral.

Motivos porque o Corinthians perdeu para o Vasco:

1) Porque o Dualib ficou 14 anos roubando o time;
2) Porque a MSI roubou o Corinthians;
3) Porque a diretoria poderia tentar reforçar o time, mas só tem tempo de ficar roubando e divergindo entre si;
4) Porque não temos nenhum lateral (comentário abaixo);
5) Porque Zelão e Willian não estão mais com a cabeça no Corinthians;
6) Porque não temos nenhum atacante;
7) Porque o banco de reservas do Corinthians não existe (comentário abaixo);
8) Porque o Carpeggiani não para de inventar (JOGA FÁCIL, PORRA!!!).


Comentários:
O Corinthians ficou não sei quanto tempo falando que não tinha lateral esquerdo. Daí quando tem um à disposição (Gustavo Nery) o que o técnico faz? Põe um volante na lateral e o lateral no meio de campo.... É brincadeira?!?!?!
Sobre o banco de reservas tenho uma sugestão: Vende ingressos mais caros e põe os torcedores sentados no banco de reservas. Fica bem mais perto do campo e muita gente pagaria por isso. Assim resolvemos dois problemas: o primeiro é que o time não gastaria mais com hospedagem, alimentação, transporte, uniformes, etc., com esses reservas horríveis; segundo, o time levantaria uma graninha a mais para saldar todas as dívidas.

Wednesday, February 21, 2007

Tristeza!!!

O que falar sobre o Corinthians? Hoje não temos mais notícias boas para o time. E pior, não vemos um futuro promissor, pelo contrário. Alguém acredita que o time como está hoje tem chances de ser campeão da Copa do Brasil e ter uma vaga para Libertadores para que o maior sonho do Corinthians, ser Campeão da Libertadores, seja realizado. Temos que ser coerentes e admitir que o time hoje só não é pior por que é o Corinthians e, sendo assim, ainda impõe algum respeito.

O real é que o Corinthians nesse rumo vai se tornar uma piada, igual era na época do Faz-Me-Rir. O time não tem comando, ninguem sabe se o time tem parceria, ninguem sabe quem realmente manda no Corinthians. O que todo mundo sabe que temos como presidente um velho morfético que não quer largar o osso e não percebe que sua incompetência já passou dos limites. O Dualib hoje parece um daqueles reis da Idade Média que insistem em não morrer e, portanto, não dá chance para novas pessoas assumir o poder.

Sobre o técnico. Já defendi muito o Leão, mas do modo que as coisas estão está difícil argumentar em favor a ele. Ele indicou jogadores que não estão à altura de jogar num time que tem a tradição do Juventos da Rua Javari. Imagine para jogar no Corinthians.

Não sei o que ele tem dito aos jogadores mas todos percebemos que eles estão tremendamente irritados, sem controle. Eu fico com medo todas as vezes que vejo o Marcelo Matos e o Magrão indo em direção à um adversário. Esses dois poderiam muito bem ser a melhor dupla de volantes do futebol brasileiro, mas hoje, sinceramente, acho que os dois deveriam ser sacados do time. Não só eles estão alterados o time como um todo. Tivemos nove expulsões em dez jogos do ano. Isso é algo inacreditável.

Mas para tirarmos eles do time esbarramos em outro problema. Quem colocar no lugar? Como disse antes temos um presidente morimbundo. Essa COISA se cerca de pessoas tão ou mais incompetentes que ele e portanto não há planejamento. Ou seja o time não tem futuro planejado. Temos um time que praticamente não tem peças de reposição. quero dizer, não temos peças de reposição à altura dos que estão jogando. Não que os que estão jogando sejam todos insubstituíveis. O Edson, Wellington, Gustavo são horríveis e não temos quem por no lugar. Vão falar no Marinho, mas ele está talves no mesmo nível do Gustavo, ou seja, ao nível do chão.

O Leão não está sendo feliz em substituições a muito tempo. No jogo de hoje contra o Pirambu por exemplo: ele não poderia de maneira alguma colocar dois atacantes de uma vez. até porque o time estava com um a menos. Mas tudo bem, vamos pensar que foi uma boa substituição, mesmo assim ele não poderia tirar o Roger. Como pode tirar um jogador experiente, diga-se o melhor do time, de um jogo complicado e deixar um moleque de 20 anos com a responsabilidade de armar o time. Resultado: o Nilmar não pegou na bola no segundo tempo.

A crítica como um todo dizia no início do Campeonato que o Palmeiras era o pior time entre os quatro grandes. Acho que a diretoria do Corinthians ficou com inveja e resolveu detonar tudo de um vez. Perderam um lateral que era uma promessa por bobagem. Criaram um ambiente ruim para dois dos bons jogadores do time: Nilmar e Amoroso. Não resolveram a situação do Magrão (será esse o motivo do nervosismo?). Contrataram 1000 atacantes e nenhum lateral. Aliás, contrataram duas antas.

Eu sofro em dizer tudo isso e, como sabem todos que me conhecem, isso não vai me fazer deixar de assistir aos jogos, torcer e deixar de gosta do Corinthians. Porque eu amo esse time e o defendo sempre, mas estamos em uma situação lamentável e, infelizmente, não vejo uma luz no fim do túnel.