Monday, May 26, 2008

2 anos de Jogando Por Música

Esqueci de comentar mas nesse mês o blog está completando dois anos, com uma média de 1 acesso por ano. Acho que está bom...hahahaha

Orfão de ídolos

Assisti à um showzaço mês passado em Manaus. Helloween e Gamma Ray juntos, no mesmo palco. Quem diria que Kai Hansen e Michael Weikath iriam tocar juntos de novo. Isso aconteceu no fim do show quando as duas bandas tocaram juntos algumas músicas antigas do Helloween.

Até tentei tirar uma foto nostálgica com o Kai Hansen, Michael Weikath e Markus Gosskopf, mas não consegui pegar um momento os três juntos.

De todos os Weikath era o que se mostrava mais desconfortável. todos sabem que os problemas do Helloween sempre aconteceram por causa dele. Isso até foi comentado pelo Michael Kiske numa entrevista que li no site da Whiplash recentemente.

Mas esse post não é sobre esse show. É sobre o que conversei com alguns amigos nos dias do show e também o que pensei no dia que assisti ao show do Rogers Waters. Deixe-me colocar você leitor no assunto do modo que aconteceu o diálogo:

- Vai ter show do Whitesnake mês que vem aqui em Manaus.
- Eu venho!
- Putz, também tem o do Megadeth.
- Que droga, vou ter que escolher um.
- O problema que nunca vi um do Whitesnake e já vi do Megadeth.
- Então, meu amigo, venha no do Whitesnake porque pode ser sua última chance!!!

Essa última frase expressa o que quero falar nesse post. Quem gosta de heavy metal, hard rock, rock progressivo e até mesmo thrash metal oitentista vai ficar órfão de shows em bem pouco tempo. Pois vejamos:

Rock Progressivo que tem bandas ícones como Yes, ELP, Genesis, Pink Floyd e muitas outras. Heavy metal com Judas Priest, Iron Maiden e Black Sabbath. Hard Rock com Whitesnake, Kiss, Van Halen... Quais são as chances de você ver essas bandas novamente? Ok, Iron e Whitsnake estiveram no Brasil a pouco tempo. O Black Sabbath teve a volta do Dio, mudou de nome para Heaven and Hell, mas até agora não vi nada sobre shows no Brasil. Os medalhões do progressivo já não tocarão por aqui simplesmente porque as bandas praticamente não existem mais.

Será que em cinco anos quem gosta dos estilos de música que eu gosto ficarão sem chance de presenciar as bandas que gostamos? Viveremos de bandas covers?

Quem começou a escutar essas bandas na década de noventa teve muita sorte porque tivemos muitos retornos de bandas clássicas. Deu para muita gente assistir ícones das gerações de bandas dos anos setenta e oitenta. Nesses anos tive a sorte de ver muitas bandas que gosto porque o Brasil também começoua receber cada vez mais bandas do tipo. Mas fico pensando se terei essas chances novamente.

No show do Roger Waters todos que estavam a nossa volta tinham o mesmo pensamento. "O Waters não volta mais para o Brasil". Isso não foi de todo verdade afinal ele voltou para Manaus para apresentar sua ópera Ça Ira. Mas para tocar carreira solo e Pink Floyd novamente será muito difícil.

Converso muito sobre música pela internet. Gosto de falar sobre isso. Para quem gosta indico uma comunidade do orkut chamada Rock Progressivo - Brasil (link ao lado). Apesar do nome o progressivo não é a única pauta das discussões da comunidade. Nela vejo muita gente que têm muito mais experiência que eu em relação à música, que teve muitas oportunidades de ver bandas clássicas e talvez para eles essa aflição que descrevo não se justifique mais, mas o que acontecerá com os novos adeptos? Será que os adeptos desses estilos se renovará sem nenhuma banda atuante estar ainda viva? Será que seremos obrigados a aceitar os emos, o new metal ou as bandas de pop rock atuais como herdeiros do legado deixado pelos gênios?

Estou preocupado..