Thursday, December 18, 2008

Sifu

Suores noturnos, sonhos agitados e olhar perdido...
Esses são os sintomas identificados de uma doença descrita pelo excelente jornalista Torero (link do blog dele ao lado). Doença que também me acompanha e estranhamente se acentua no fim do ano. No meu caso vem acompanhada de inquietação e irritabilidade. Para acompanhar os tempos modernos aumenta a fobia em relação ao notíciário, a gente quer saber de tudo o que está acontecendo, lê todos os sites e blogs e gostaria que o Arena SporTv durasse o dia todo. Essa doença é o SIFU - Sindrome de Insuficiência Futebolística. Durante o ano também tenho os mesmos sintomas, principalmente naquelas semana que teimam em dar folga para os jogadores. Isso é realmente um absurdo!!!

Mas pelo menos agora com essa descoberta do Torero fico mais tranqüilo já que sei o que me aflige. Por que dizem que é muito melhor quando se conhece seus inimigos.

Friday, December 05, 2008

Coisas novas e uma bem antiga

Aproveitando o fim do Campeonato Brasileiro volto a falar de música. Mas daí vem um e diz "mas o campeonato ainda não acabou" e eu respondo que o campeonato que realmente importou nesse ano foi a Série B do Brasileiro magnificamente vencida pelo CORINTHIANS.

Mas voltando à música quero dar a minha impressão sobre alguns álbuns novos que escutei nesses últimos dias. A muito tempo não fico esperando um lançamento de uma banda. Isso é claramente motivado pelo fato de hoje eu me interessar muito mais pela música dos anos 70 e 80 do que pela atual. Qual o motivo disso? Vários, que podem ser justificáveis ou não, dependendo do ponto de vista de cada um, mas isso é assunto para um outro post.

O lançamento do disco novo do Metallica foi aguardado por todo mundo desde os mais novos até aqueles fãs mais antigos (denominação em que eu me encaixo). Essa espera é devido à tudo o que os caras falaram antes e durante as gravações prometendo a tal volta às origens. Engraçado que toda banda em determinado ponto de sua carreira faz uma declaração de que estão voltando às origens. Isso faz parte do Rock N' Roll, afinal os fãs desse estilo e sub-estilos são os mais nostálgicos. Tirando, é claro, os fãs de música clássica por motivos óbvios.

Logo na primeira "ouvida" já percebi que tinha gostado da primeira música: That Was Just Your Life. O modo como o Hetfield canta, principalmente o refrão, é diferente, mas de um jeito bom. Também gostei da The End of the Line. Essas duas músicas teriam espaço nos discos clássicos. Mas tenho que admitir que se fosse dessa maneira elas não seriam as música de destaque. Comparando também com os discos clássicos eu senti um clima oitentista nessas músicas. Pode ser a tal da nostalgia agindo de novo, mas fechando os olhos e tentando voltar para aqueles anos que comecei a escutar metal, no começo dos anos noventa, parece que essas músicas encaixariam naquele cenário. Não apenas essas duas músicas, mas o albúm como um todo.

O que tenho que deixar claro é que estou falando isso, mas não estou dando nota 10 ou cinco estrelinhas para o álbum. Achei desnecessária a duração longa de todas as músicas. Essa história de soar mas "progressivo" não cola afinal a única coisa de progressivo que as músicas do Metallica podem ter é a duraçao longa, por que de resto... Mas voltando a sonoridade a minha impressão é que os caras pegaram os disco dos anos 80 e ouviram bastante. Só que os disco que eles pegaram não foram os do próprio Metallica, mas sim os disco do Exodus, Anthrax, Testament, Overkill, Kreator entre outros. The End of The Line para mim poderia estar no disco Sound of White Noise do Anthrax porque por algum motivo eu me lembrei de cara desse disco quando ouvi essa música.

Sobre essa sensação não quero desmerecer o trabalho dos caras. Pelo contrário, acho isso muito legal afinal é isso mesmo que os fãs estão querendo. Até mesmo os fãs mais novos que tiveram que se acostumar com Load, Reload e St, Anger. Tenho certeza que esses fãs gostariam de passar pelo que os fãs antigos passaram, ou seja, acompanhar a banda fazendo o que a banda se propôs desde o começo. Outra coisa que me chamou a atenção e também já tinha sido comentada por um amigo fã xiita do Metallica, o Vandré: ficou faltando um riff marcante, dqueles que fariam todos pegar a guitarra para tentar tirar. Mesmo assim fico aguardando a turnê desse disco e espero que seja boa.

Outro disco novo que escutei foi Black Ice do AC/DC. Essa é uma banda que nunca acompanhei, mas sempre escutei. Claro que acabo escutando somente os discos clássicos: Back in Black, Highway to Hell, High Voltage. Nunca acompanhei de perto a carreira dessa banda e é ums das falhas dessas minha carreira de prog/headbanger/rocker. Até porque nunca presenciei alguém falando mal da banda de Angus Young, e isso quer dizer que pelo menos respeitada a banda é e, portanto, merece mais respeito.

Mas o que mais marca a carreira dessas banda é que eles fazem o mesmo disco desde 1974 com o High Voltage. Os discos deles tem a mesma sonoridade, os mesmo tipos de riffs e as mesmas levadas. Só que no caso do AC/DC isso é o que eles querem. Usando uma idéia que usei falando do disco do Metallica: é isso que os caras propuseram desde o começo. Outra banda que faz isso bem é o King Diamond. Desse modo como que um disco do AC/DC pode ser considerado melhor que outro? O número de música de destaque do álbum, ou seja quanto maior a quantidade de fillers - aquelas músicas que são colocadas para completarem os álbuns - pior o disco. E com base nesse comentário acho que o AC/DC pecou em relação a esse disco. Tem música muito boas, daquelas de levantar o público em shows e todos cantarem juntos como Rock N'Roll Train, Big Jack e a faixa título, mas tem excesso de fillers. O problema é que eles poderiam ter feito um álbum com no máximo 12 músicas, mas acabaram colocando 15. Para usar um modo matemático podemos dizer que a relação hits/fillers vai ser pequena, ou seja, pecaram pelo exagero.

Finalizando estou tentando corrigir mais uma falha comentada acima. É claro que isso se deve ao shows do Queen + Paul Rodger, mas o fato é que eu nunca escutei nada do Free. Cansei de ler sobre os caras, também nunca ouvi ou li alguém falando mal e sei que o mentor maior do heavy metal Mestre Steve Harris é fanzaço da banda. Então porque afinal eu nunca escutei a banda? Não sei dizer, mas vou fazer isso daqui a pouco tão logo o download do disco da capa ao lado acabe (nome do disco Fire and Water).