Tuesday, February 23, 2010

WAR ROOM #1

Essa é uma coluna feita por mim e pelo Daniel ACES HIGH para o blog Collector´s Room. A coluna nasceu das inúmeras indicações de discos e bandas que ambos fazemos um ao outro. A idéia é a seguinte: a cada edição um de nós escolhe um album e convida mais um participante da comunidade. Assim combinamos de ouvir o disco ao mesmo tempo e fazemos comentários sobre as músicas enquanto o disco vai rolando...tudo via MSN, afinal eu moro em Rondônia e o Daniel mora em São Paulo.

A primeira edição da coluna teve o resultado apresentado lá no blog da Collector´s Room. Acesse aqui e comente.

Mea Culpa Tardia

Saiu a lista dos jogadores do Corinthians para a Libertadores. Pelo menos para os que vão disputar a primeira fase. A expectativa gerada pela divulgação dessa lista teve repercussão pela imprensa digna da divulgação dos convocados para a seleção. Todo dia se perguntava qual era a tal lista. 

Porém tivemos duas surpresas: as ausências de Escudero e Balbuena. O estranho é que deixar esses jogadores fora da lista é admitir que eles foram contratações equivocadas. O pior é lembrar de todas as vezes que o Mano defendeu esses jogadores. 

Mas é muito melhor admitir os erros mesmo que tardiamente do que insistir e se dar mal. Só que uma pergunta vai pairar o técnico e a diretoria durante todas essa primeira fase: vai haver contratações para a segunda fase?

Monday, February 01, 2010

Metallica - 30/Janeiro - Morumbi

Depois de onze anos de sua última passagem por São Paulo tivemos novamente a oportunidade de assitir um grande show em São Paulo. Esqueçamos o desapontamento que todos tivemos no famoso show que não aconteceu no começo da década. A banda naquela época passava por problema que conhecemos no DVD Some Kind of Monster. Talvez até tenha sido bom que aquele show ter sido cancelado, afinal a banda não estava bem e isso certamente se refleteria em um show ruim e poderíamos ficar com mais má impressão da banda do que ficamos depois do lançamento do album St. Anger.


Chegamos no começo da tarde nos arredores do Morumbi e fiquei preocupado porque achei que tínhamos chegado tarde. A fila de todos os setores estava enorme e já estava me acostumando com o fato de que teria que ver o show de um local mais longe do que costumo ficar. Porém na entrada e devido o tamanho do palco percebi que não seria tão complicado assim ficar em bons lugares e fiquei mais tranquilo. Entramos no estádio por volta das 16:30 h e sabíamos que o show do Sepultura começaria apenas as 20:30 h, ou seja teria tempo e tranqulidade para tomar cerveja e fazer as consequentes visitas frequentes ao banheiro.

Quando a noite começou a cair em São Paulo percebemos que o show iria começar. Com a movimentação do público rapidamente conseguimos chegar bem próximos lá do pessoal da frente. O Sepultura começou seu show com uma musica do novo disco que se não era conhecida por todo mundo mesmo assim conseguiu animar o público. Depois tivemos um set list bem escolhido com bastante clássicos da banda como Troops of Doom, Arise, Inner Self e Roots Bloody Roots. Fazia alguma tempo que não me interessava pela banda já que achei os discos mais recentes bem irregulares, mas talvez eu tenha que apenas dar uma nova chance à eles. É evidente que a banda nunca conseguiu ser a mesma depois da entrada do Derick, porém a simpatia do cara faz você esquecer a decréscimo na qualidade musical que a banda teve após sua entrada. Fiquei impressionado com o peso da guitarra do Andreas Kisser, por se tratar de apenas uma guitarra. Porém fui lembrado que o Paulo Jr. toca seu baixo com distorção e isso ajuda a dar peso. Mesmo assim surpreende já que eles não estavam usando a mesma capacidade dos equipamentos utilizados pela banda principal. Resumindo, um ótimo show de abertura feita por uma banda competente. Cantei tanto que achei que não teria voz para cantar no show do Metallica.

Depois da banda de abertura os roadies começaram a fazer os ajustes para a banda principal. Achei que esses ajustes levaram muito tempo. Talvez tenha sido a ansiedade que fez com que o tempo demorasse para passar. O empurra-empurra estava fora do normal. Já fui a muitos shows e sempre tentei ficar lá no gargarejo, mas dessa vez estava realmente apertado. Eu já estava com a roupa ensopada e sabia que teria ainda uma três horas de show.

Então as luzes se apagam, um vídeo de introdução começa a rolar nos telões, o aperto ficou maior, quando a banda surge tocando Creeping Death. O público entrava em êxtase não sabia o que fazer, se cantava, se balançava os braços, se pulava ou se simplesmente tentava se manter em pé. Dessa vez não consegui encostar na grade, mas fiquei colado ao primeiro da fila. Foi o máximo que consegui e hoej estou com o corpo tão dolorido que parece que tomei uma surra.

O set list do show foi um pouco diferente do set list de Porto Alegre. E para uma banda com a quantidade de clássicos como e Metallica sempre vai ter alguma música que sentimos falta. No meu caso achei que faltou Battery e Whiplash. Ao todos foram três músicas do Kill ´Em All, três do Ride the Lightning, uma do Master os Puppets, três do ...And Justice for All, três do Metallica e quatro do Death Magnetic, além de um cover do Queen.

O que me chamou a atenção para o set list foi que apenas uma música do Master of Puppets foi tocada . Isso é um pouco estranho já que a grande maioria dos fãs da banda têm esse disco como o melhor da banda. Eu sempre achei o Ride the Lightning o melhor. Como não senti o público pedindo músicas tão diferentes das que foram tocadas penso que os fãs, mesmo que inconcientemente, já mudaram de opinião. Também é de se notar que nenhuma música dos discos contestados tenha sido tocada. Temos que analisar se isso é porque nenhuma daquelas músicas tem a mesma importância das músicas dos outros discos ou se isso foi simplemente pensado no sentido de agradar o público com músicas mais conhecidas.

Do mesmo modo que o som do Sepultura me impressionou o som do Metallica foi algo surpreendente, além de eles estarem usando o som completo. Peso e definição em todos os instrumentos. Apenas em uma música achei que a guitarra do James encobriu o solo do Kirk, mas na mesma música isso foi corrigido. Isso acontece devido a intensa troca de guitarras. É normal que em uma delas haja alguma falha, mas nada que afete o resultado final. Também gostei da pirotecnia que rolou durante quase todo o show e, principalmente, antes de One.

Gostaria também de citar a ligação da banda com o público. Em todos os shows as bandas vêm com um discurso de que está gostando, que estão se divertindo e que o local do show tem o público mais vibrante. Porém dessa vez achei que os caras estavam realmente felizes de tocar ali. Principalmente o James Hetfield. A todo momento ele se dirifia ao público demonstrando satisfação de estar alí. Ou seja, achei que o discurso foi sincero. Também não seria diferente já que o estádio estava lotado e o público também deu show com as músicas sendo cantadas em uníssono. Em alguns momentos as arquibancadas estava linda de se ver. No fim do show o James pediu para acender todas as luzes do estádio e conseguimos ver como o local estava. Foi muito legal...

A banda mostrou que esse último disco renovou o som da banda e trouxe novamente credibilidade a uma das maiores bandas de todos os tempos fazendo-a agariar novos fãs e resgatando aqueles que foram se distanciando ao longo do fim da década de 90 e boa parte dessa primeira década do século XXI.