Friday, June 26, 2009

Um Disco Novo, Um velho e o Outro?!?!

Aos meus dois assíduos leitores peço desculpas pelo longo tempo que levei para atualizar o blog. Estive envolvido com outras coisas que me deixaram sem tempo, e em alguns dias sem paciência, para escrever alguma coisa que prestasse.

Seguindo a linha de um tópico antigo vou apresentar três disco que ouvi recentemente porém o anterior tinha o título de Coisas Novas e Uma Bem Antiga. Nesse caso vai ser o contrário.

O primeiro disco que apresentarei é o produto de uma reunião de grandes músicos que como toda superbanda causa muito interesse. Em muitos casos essas reuniões são cercadas de muita expectativa e acabam decepcionando. Mas nesse caso acho que o problema é mesmo a expectativa exagerada.

Chickenfoot é o nome escolhido para a reunião de Sammy Hagar (Montrose e Van Halen), Michael Anthony (Van Halen), Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers) e Joe Satriani, respectivamente na voz, baixo, bateria e, claro, guitarra. O nome escolhido pode causar reações diversas já que “Pé de Galinha” talves não seja o melhor nome para uma banda, mas isso vai de cada um.

O som escolhido foi o hard rock com influências de muitas bandas. Não consegui identificar uma só. A música Sexy Little Thing me lembrou Aerosmith por exemplo. Isso na verdade é um fato causado por todos terem sido componentes de bandas diferentes entre si. O que me chamou atenção é que o Sammy Hagar preferiu cantar em tons mais baixos que os que ele usava nos tempos do Van Halen por exemplo. Não sei se isso foi intencional, mas ficou bem legal.

Michael Anthony é um cara que pode muito bem servir de base para o Satriani já que ele fez isso durante muito tempo para o Eddie Van Halen e o Chad se encaixou muito bem a banda. Sobre o Satriani o que posso dizer é que se você se interessou pela banda por causa dele não espere ouvir coisas que ele faz nos discos solos. As guitarras estão seguindo a linha que devem para uma boa banda de hard rock. Não há firulas e exibições, mas podemos identificar que se trata de um guitarrista excepcional pelos riffs redondinhos que ele criou para a banda.

Os destaques na minha opinião ficam para Avenida Revolution, Sexy Little Thing e para o primeiro single do disco Oh Yeah.

O segundo álbum escolhido é o segundo do Styx , chamado simplesmente de Styx II, gravado em 1973. Nunca havia me interessado pela banda e o que me fez procurar material deles foi uma teoria maluca que ouvi no PoeiraCast, que é o podcast da ótima revista de Bento Araújo Poeira Zine. Recomendo a revista e o podcast (link ao lado). A teoria diz que apenas os álbuns pares da bandas são os recomendados. Para verificar esse teoria escutei o primeiro disco. Se esse fosse um bom álbum os outros seriam melhores ainda.

Gostei muito do primeiro álbum e gostei ainda mais do segundo. O terceiro disco já não achei tão legal, diferente do quarto disco, Man of Miracles. Ou seja, até então a regra dos discos pares é verdadeira, inclusive com sua excessão (o primeiro disco) confirmando-a. Desse modo parti para o próximo disco par, o sexto disco, chamado Cristall Ball. Tenho que conhecer os outros discos para comprovar definitivamente a validade dessa teoria, mas até então ela é valida.

O disco começa com talvez a melhor música do disco You Need Love, com um empolgante trabalho de voz no início seguido de um riff muito legal de guitarras dando início para a primeira estrofe cantada muito bem pela boa voz de James Young. Essa é uma daquelas músicas que você gosta logo na primeira escutada. Outros destaques são a música seguinte, Lady, e Father O.S.A. Cito essas três mas as outras músicas são também muito legais. Resumindo, ótimo disco.

O terceiro disco que citarei não é um disco tão velho, afinal ele saiu em 1997, mas já tem mais de 30 anos. Peraí!!! Como assim?!?!!? “Fernando...você está louco?”, pensarão alguns. Mas vou explicar...

No início dos anos 70 existia uma banda que nunca havia conseguido lançar um álbum chamado Lucifer Was. Eles chegaram a esse nome depois de tentarem outros nomes antes de chamar a banda de Lucifer. Como existiam outras bandas com esse nome eles resolveram se chamar Lúcifer Was no sentido de dizer que que “Era Lúcifer”. Algo do tipo: “como é o nome da banda?”...”Era Lucifer...”, entenderam?.

Durante alguns anos eles tocaram na Noruega que é o pais de origem sem conseguir ao menos gravar um álbum. Assim, depois de muito tentarem, tiveram que acabar a banda e cada um seguiu seu caminho. Daí depois de cerca de vinte anos alguém ouviu as demos produzidas naquela época e sugeriu que eles voltasse e gravassem um disco. E isso que aconteceu, em 1997 foi gravado o primeiro de quatro álbuns dessa banda dos anos 70. O nome do álbum: Underground and Beyond.

O disco tem várias boas músicas que tem como estilo o progressivo, mas com influencias de Black e Sabbath e Jethro Tull. Cito essa última pelo estilo das músicas em si e não só pelo uso de flauta. A música The Green Pearl por exemplo é Black Sabbath puro e tem um introdução que muitos fãs de Helloween vão gostar. Um detalhe é que o produtor sugeriu que o álbum fosse gravado com a sonoridade de um disco dos anos 70, mas com a tecnologia da época da gravação. Acabou que de moderno mesmo achei apenas o efeito da guitarra que está mais pesada do que estaria na década de 70 na minha opinião. Destaque para as músicas Scrubby Maid e para a ótima Fandango. Corram atrás...


Ver Também:

  • Coisas Novas e Uma Bem Antiga